domingo, 24 de janeiro de 2010

Revelação 355 já está na web

Já está disponível na Internet a edição 355 do jornal-laboratório Revelação, produzido pelos alunos de Jornalismo do curso de Comunicação Social da Universidade de Uberaba (Uniube).

A edição traz, na matéria de capa, uma reportagem provocativa sobre os tabus que ainda fazem parte do debate sobre autoerotismo feminino.

Além disso, reportagens falam sobre diversos outros temas, tais como a doença de Toninho “Cabeção”, personagem popular do calçadão da rua Arthur Machado; os estilos musicais das tribos urbanas de Uberaba; os problemas do UPA do bairro Abadia diante os cortes no orçamento da saúde na cidade; as dificuldades da entidade assistencial Casa Danielle; o cotidiano dos camelôs; os debates despertados na Parada Gay de Uberaba; as ações de responsabilidade social dos alunos da Uniube; as vitórias do Uberaba Sport Club; os projetos sociais dos Camaradas da Alegria; os debates sobre a obrigatoriedade do hino nacional nas escolas, entre outros.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PAPEL DO EDITOR

•Conversar com repórteres e monitorá-los com objetivo de enriquecer a reportagem. Novos enfoques podem surgir
•Elaborar e corrigir frases com objetivo de revelar informações de forma clara
•Cuidar dos títulos e da hierarquia das matérias a cada página
•Avaliar fotos e infográficos
•Estabeleça nexos
•Contextualize
•Aposte em pautas que sua equipe considera inéditas
•Sugira o aprofundamento de temas
•Seja crítico e auto-crítico para rever seus métodos e dinâmicas de criação
•Seja gentil e aberto ao imprevisível
•Pense na personalidade de cada página
•Avalie o conteúdo informativo das imagens
•Equilíbrio, esforço e sorte são aliados importantes!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Revelação em e-paper

O jornal-laboratório Revelação, do curso de Comunicação Social da Universidade de Uberaba (Uniube), está sendo digitalizado em formato e-paper. Vejam como ficou a última edição:

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Avaliações!!!

Pessoal, terça-feira (08/09) tem avaliação, serão cobradas as seguintes matérias trabalhadas:
- Texto Ali Kamel
- Arquivo de 'titulação'
- Power point preto que fala sobre gêneros opinativos.
- Manual velho da folha com as definições das seguintes palavras:
Boneco;
Box;
Calhal;
Calhal Informativo;
Captular;
Chamada;
Chapéu;
Coluna;
Colunão;
Crédito;
Diagramação;
Entrevista;
Erramos;
Espelho;
Fio;
Fio data;
Forca (linha solteira/linha viúva)
Gancho;
Gaveta;
Gravata;
Grifo;
Intertítulo;
Legenda;
Linha fina;
Nariz de cera;
Pé-Bibliográfico;
Retícula;
Roda pé;
Sobre título;
Texto legenda ou foto legenda;
Título;
Vazado;
Vinheta.

Também não podemos esquecer a sugestão de Retranca e Gancho de matéria para o próximo Revelação, além da idéia de Crônica Urbana.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Atenção às palavras que usamos

Galera, recebi um email sobre pérolas do jornalismo brasileiro. Vem bem de encontro com o que a Indiara citou na sala ontem, apenas uma palavra muda todo o sentido da frase. Vamos estar atentos a esses detalhes, confira as pérolas abaixo:


Pérolas do jornalismo brasileiro.

"Os sete artistas compõem um trio de talento"(Extra)
(Deve ser trio ao dobro mais um, né?)

"Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente." (O globo)
(Puxa, ainda bem que o tempo também não entrou em greve, já pensou?)

"A vítima foi estrangulada a golpes de facão." (O dia)
(Uma nova modalidade de estrangulamento)

"O aumento do desemprego foi de 0% em novembro." (Jornal do Brasil)
(Que? Aumento de 0%? Por isso que o Brasil não vai pra frente. Tsc, tsc, tsc...)

"Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva." (Jornal do Brasil)
(Isso é que é azar, fala sério!)

"O acidente foi no tristemente célebre Retângulo das Bermudas." (Extra)
(Pelo menos não é mais no "Triângulo" das Bermudas, foi promovido a retangulo!)

"A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço."(Extra)
(Hã? Pelo menos que cada mão trabalhe em dobro também...)

"Parece que ela foi morta pelo seu assassino." (Extra)
(Nooosa! Isso é muito estranho...)

"Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de um incêndio." (O globo)
(Ah, agora tá explicado... Porque poderia ser uma grande fornada de pães saindo, né?)

"O cadáver foi encontrado morto dentro do carro." (Extra)
(Sacanagem... Bem que poderiam ter encontrado o cadáver vivo, coitado...)

"O velho reformado, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se suicidou." (O dia)
(Essa é pra quem diz que não existe vida após a morte, tá vendo?)

"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano." (Jornal do Brasil)
(Viu como a medicina tá moderna? Acredite na ressureição!)

"Prefeito de interior vai dormir bem, e acorda morto." (O dia)
(Eu, hein? Alguém pode explicar tal fenômeno?)

"No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes corriam como loucos." (O dia)
(Olha só... Por que será?)

"Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel." (O dia)
(Êta cadáver preguiçoso, né?)

"O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos." (Extra)
(Desde quando 71 é a mesma coisa que 81? Bom, pelo menos ele é super jovem.)

"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério para a satisfação dos habitantes." (Jornal do Brasil)
(Ah, que ótimo! Viver sem água corrente é de morte...)

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Galera, lembrem-se que dia 08/09 tem prova.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O jornalismo

Ali Kamel - O Globo, 23/1/2007
é um jornalista e sociólogo brasileiro, atual diretor responsável (chefe) pela CGJ, Central Globo de Jornalismo e colunista do jornal O Globo.

O ano que passou foi especialmente indutor de uma discussão que precisa ser enfrentada: o jornalismo é um campo de batalha de ideologias ou é uma forma de conhecimento da realidade? Já com alguma distância das eleições, que acirraram esse debate, a discussão pode ser travada com menos paixão.

No calor daqueles dias, pairou a idéia de que só existe jornalismo de tendências, uma imprensa de direita e uma imprensa de esquerda, uma tentando mais do que a outra impor as suas idéias. Não estavam em questão apenas os editoriais, mas o fazer jornalístico propriamente dito: a produção de notícias. O jornalismo estaria condenado a ser um campo de batalha de ideologias, estaria a reboque delas ou, pior, a serviço delas. Os jornais (impressos, digitais, radiofônicos ou televisivos) seriam feitos de acordo com os valores de seus donos e dos jornalistas que para eles trabalham. Para provar o que seria o óbvio, os partidários dessa tese lançavam mão de postulados filosóficos como se fossem platitudes: a verdade é inalcançável, isenção é uma utopia, não existe objetividade total. Assim, os jornais seriam feitos segundo as suas verdades e de acordo com os interesses de seu grupo. Os fatos seriam escolhidos, não por critérios de relevância mais ou menos reconhecidos por qualquer bom profissional, mas conforme os valores de quem escolhe. E ganhariam pouco ou grande destaque, seriam narrados e analisados dessa ou daquela maneira, segundo aqueles mesmos valores. Como quem pensa assim não se permite dizer "e o público que se dane", o remédio sugerido por eles seria de uma simplicidade atroz: basta que o público conheça claramente a posição de cada jornal para que escolha aquele que melhor representa sua verdade.

Ocorre que, se fosse assim, não existiria jornalismo, mas apenas publicidade. O objetivo dos jornais seria a cotidiana busca de adeptos de uma determinada visão do mundo. Fariam, então, propaganda; propaganda política, mas propaganda.
E os jornais estariam mortos ou definhando. A sociedade não teria como se mexer, como andar: se não há verdade, se só há um relato de esquerda e outro de direita, como falar em fatos? Viveríamos numa sociedade sem referencial, num mundo de versões.

Nada disso. O jornalismo é uma forma de conhecimento, de apreensão da realidade, segundo um método próprio que, se seguido corretamente (e não são muitos os veículos que se esforçam por segui-lo), leva ao relato e à análise dos fatos com fidelidade. Muitos pensadores brasileiros pensam assim, mas, aqui, não quero citá-los, porque, embora concordemos com esse postulado geral, a partir dele os caminhos são bem diversos (e, assim, não quero correr o risco de que o leitor pense que me apóio na autoridade deles para corroborar o que aqui escrevo).

Diante de uma miríade de acontecimentos, os jornalistas são treinados para discernir que fatos têm relevância e narrá-los e analisá-los de maneira lógica e isenta. Isso implica acolher na análise os diversos pontos de vista, pois a pluralidade é regra geral em tudo o que se faz em jornalismo, inclusive nas páginas de artigos, que devem espelhar as tendências da sociedade. Opinião própria, apenas nos editoriais e sem repercussão no noticiário. Pode haver, portanto, jornais de esquerda e de direita, mas no que se refere a suas opiniões expressas em editoriais, jamais contaminando o noticiário, em nenhuma hipótese influenciando o que deve ou não ser noticiado. Como toda obra humana, o jornalismo está também sujeito ao erro, e erra em quantidade. A regra é a transparência: reconhecer o erro e corrigi-lo.

A prova dos nove de que isso é possível é a comparação entre jornais diferentes. Se compararmos o "Los Angeles Times", o "Washington Post" e o "New York Times", que têm linhas editoriais muito distintas, notaremos com facilidade que é muito parecida a cesta de assuntos oferecida aos leitores. Se excluirmos os assuntos locais, a mesma comparação pode ser feita entre os três americanos e o "El País", da Espanha, o "La Repubblica", da Itália, e o "Daily Telegraph", do Reino Unido: a coincidência também será grande. No Brasil, o leitor pode verificar que "Folha de S.Paulo", "Estado de S. Paulo" e O GLOBO, jornais com poucas afinidades e concorrentes ferozes, destacam sempre mais ou menos os mesmos assuntos. Não é falta de criatividade: é que os jornalistas que neles trabalham, profissionais treinados, sabem reconhecer num enxame de fatos o que é relevante e o que não é.
Mesmo o chamado jornalismo de opinião, em que o jornal ou a revista noticia os fatos, opinando todo o tempo sobre eles, se bem-feito, não se confunde com o que chamei de publicidade. Porque, neste caso, os veículos devem procurar ser isentos e plurais no relato e análise dos acontecimentos, mesmo que ofereçam ao leitor, ao lado da informação, o seu próprio ponto de vista.

Sim, se nem a ciência consegue alcançar a verdade e a objetividade total, como o jornalismo faria essa mágica? Não faz. Como a ciência, o jornalismo é uma aproximação da realidade, mas a melhor que se pode obter naquele instante com o instrumental disponível. É certo que um episódio - o apagão aéreo, por exemplo - daqui a 50 anos vai ser contado e analisado por historiadores com acesso a um material que os jornalistas não conhecem hoje: documentos secretos, atas de reuniões, depoimento dos envolvidos dado muito tempo depois. Daí emergirá um relato mais acurado do que o que os jornais conseguem fazer hoje. Mas os próprios jornais serão usados como fonte da História porque eles conseguem o que historiador algum será capaz de fazer sem eles: capturar o sentimento de uma época. A manchete "gritada" sobre o apagão é ela própria, em sua forma, uma informação: dá conta da perplexidade que a sociedade vive naquele instante. A diagramação do jornal, a hierarquização das notícias, as fotos, são todos eles recursos que informam. Que ajudam a conhecer a realidade. E são próprios apenas ao jornalismo.

Como obter o máximo de objetividade e isenção em jornalismo é o que pretendo discutir no meu próximo artigo.

[Ali Kamel é jornalista. E-mail: ali.kamel@oglobo.com.br]

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Galera, achei o máximo o texto usado para o trabalho que a Indiara nos passou, e vocês? Concordam com Ali Kamel?? Deixem sua opnião no Blog e não se esqueçam, hoje tem Rafe e Matéria concluida e corrigida!!